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ISO 50.001: A eficiência energética no mundo corporativo

Em um mundo corporativo cada vez mais conectado, o consumo exacerbado de energia elétrica pode ser um entrave financeiro. Maus hábitos no uso de equipamentos, práticas ineficientes e a falta de gestão energética são fatores contribuintes para que as empresas não usufruam do potencial máximo que têm para terem um ganho financeiro com uma sistematização de melhoria. Para tanto, a norma ISSO 50001 (2018), traz diretrizes para a organização de um sistema de gestão de energia (conhecido como SGE), o qual busca promover as boas práticas, implementar a melhoria contínua e a redução significativa do consumo.

Escopo, implementação e regras

O escopo da norma tem como foco o SGE, sistema que pretende ser a rede normativa interna de implementação na empresa, a qual deve ser seguida e respeitada pelos membros envolvidos neste processo. Para a implementação, é necessário que a empresa tenha inicialmente, membros definidos como sendo os responsáveis pelo projeto. Após esta definição, estes indivíduos deverão receber um treinamento especializado, o qual os ensina a importância da aplicação, demonstra algumas maneiras de como gerir o SGE e os capacitam para serem os interlocutores e propagadores da norma para os demais. 

O primeiro passo operacional para a continuidade, é a identificação das fontes energéticas presentes no negócio, como energia elétrica, combustão, sistemas pneumáticos e hidráulicos. E este se faz um ponto de extrema importância, tendo em vista que, por muitas vezes, se vê como “energia” apenas a eletricidade, o que não é verdade.

Por conseguinte, as políticas internas devem ser utilizadas para interligar os responsáveis com os demais membros chave de cada área, e, processos são exigidos, como treinamentos de segurança em dia, matrizes de responsabilidades estejam definidas etc., para que após isso seja escolhida a chamada Business Unity (ou BU – a unidade de negócio que terá as ações focadas). As Bus podem ser escolhidas de maneira gradativa, até que a norma seja implementada em toda a empresa, mas vale ressaltar que em caso de fracionamentos nas áreas foco, as certificações também serão fracionadas, até que se consiga uma completa. Por exemplo: em uma empresa de montagem de móveis, a primeira BU foi a de logística, e a empresa conta com outros 4 setores. Após a certificação em logística, só se recebe o certificado com a descrição “ISO 50001 – BU de logística”, porém, nada impede de todas as outras serem certificadas de uma só vez, mas a depender do tamanho do negócio e complexidade, é mais interessante que se faça aos poucos, para que as lições aprendidas sejam mais bem absorvidas com o passar do tempo.

Com o escopo bem definido, e políticas internas alinhadas, há outros itens importantes para a continuidade do processo, como a pesquisa do histórico do gasto energético, pesquisa da fração que cada matriz energética representa, definição de indicadores de desempenho energético, linhas de base de energia, períodos, que seja realizada a conscientização, entre outros pontos os quais garantirão que o SGE funcione, com um ciclo de PDCA (Plan, Do, Check e Act) o qual garantirá a melhoria contínua. 

Benefícios 

Dentre os benefícios da implementação da norma, pode-se citar: Redução dos custos operacionais; competência dos participantes, os quais poderão aplicar as metodologias em outras áreas de seus cotidianos; melhoria contínua dos processos da empresa; e estímulo a uma cultura de gerenciamento ativo.

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