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Armazenamento de energia em baterias

Após as grandes revoluções energéticas com o surgimento das fontes renováveis, agora é hora de uma nova revolução, que, embora ainda pouco conhecida, já é utilizada e promete ser a nova revolução no meio energético: o armazenamento de energia em baterias.

Antes em relógios, pequenos videogames, abaixo dos capôs dos carros, nos celulares e nobreaks, as baterias vêm fazendo parte do ramo elétrico e eletrônico por muito tempo. Hoje em dia, uma nova aplicação está em voga, a qual ajuda no gerenciamento eficiente da energia, que é a implementação de um sistema de armazenamento, ligado a um sistema fotovoltaico.

Anteriormente, os sistemas formados com placas solares eram diretamente ligados às redes ou residências a qual o projeto era destinado, fator que criava certa economia e eficiência para quem pudesse investir neste tipo de projeto. Hoje em dia, a nova solução atrela isso a um sistema de banco de baterias, o qual tem um software de inteligência que controla a energia a ser fornecida em horários específicos. Por exemplo: em uma empresa a qual opera mais no turno de fim de tarde e início de noite, o armazenamento de energia pode funcionar obtendo carga durante o período da manhã até o fim de tarde, deixando a alimentação por conta da rede de abastecimento. Após isso, o sistema inteligente garante que a alimentação seja trocada para o banco de baterias, o qual assume no horário de ponta. Desta forma, a tarifa mais alta que seria cobrada neste período, não será inclusa na cobrança da concessionaria de energia.

Além disso, uma aplicação útil e que já é feita em áreas remotas do Brasil, é a construção de sistemas de armazenamento em pequena escala, instalados em casas de pessoas que não têm acesso ao abastecimento elétrico. Estados como Rondônia e Tocantins já recebem projetos de empresas que se juntaram ao poder público no projeto “Mais Luz Para a Amazônia”, o qual teve em 2022 R$ 34 milhões de reais de investimento, e 900 famílias atendidas com abastecimento de sistemas fotovoltaicos ligados a baterias que garantem dignidade e acesso à estas pessoas. O projeto ainda está em andamento, e promete entregar mais milhares de sistemas isolados.

O mercado de armazenamento de energia deve crescer até 84% no Brasil até 2030, com investimentos próximos a R$ 20 bilhões segundo levantamento da A&M Infra. Ou seja, nos próximos anos, este tipo de solução deve abastecer não apenas empresas que invistam, ou pessoas em áreas isoladas, mas também residências em grandes cidades, escolas, hospitais etc., garantindo assim uma maneira sustentável de consumo, aproveitando a fonte solar que é abundante em nosso país tropical.

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